"O inconsciente da esquizoanálise ignora as pessoas, os conjuntos e as
leis; as imagens, as estruturas e os símbolos. Ele é órfão, assim como é
anarquista e ateu. Ele é órfão, não no sentido de uma ausência
designada pelo nome pai, mas no sentido de que produz a si próprio onde
quer que os nomes da história designem intensidades presentes (' o mar
dos nomes próprios'). Ele não é figurativo, pois seu figural é abstrato,
a figura-esquiza. Ele não é estrutural nem simbólico, pois sua
realidade é a do Real em sua produção e mesmo em sua inorganização. Ele
não é representativo, mas somente maquínico e produtivo...
Destruir,
destruir: a tarefa da esquizoánalise passa pela destruição, por toda
uma faxina, toda uma curetagem do inconsciente. Destruir a ilusão do eu,
o fantoche do superego, a culpabilidade, a lei, a castração. Não se
trata de piedosas destruições como as que a psicanálise opera sob a
benevolente neutralidade do analista. Porque estas são destruições à
moda de Hegel, maneiras de conservar [...] Não é o perverso e nem o
autista que escapam à psicanálise, é toda a psicanálise que é uma
gigantesca perversão, a começar pela realidade do desejo, um narcisismo,
um autismo monstruoso: o autismo próprio e a perversão intrínseca da
máquina do capital."
Gilles Deleuze e Félix Guattari - O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia1
Pensamos que saúde mental não é algo espontâneo. Muito menos congênito. De modo algum configura-se como um processo passivo. Saúde mental é , claramente , uma construção. Uma conquista . Um processo ativo. Um direito conquistado. Sendo assim , estamos dispostos a fornecer o melhor conteúdo veiculado do modo mais interessante para construção de um alicerce sólido afim de uma saúde mental forte e autônoma. SEJAM BEM VINDOS !
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