"O que quer dizer amar alguém? É sempre apreendê-lo numa massa, extraí-lo de um grupo, mesmo restrito, do qual ele participa, mesmo que por sua família ou por outra coisa; e depois buscar suas próprias matilhas, as multiplicidades que ele encerra e que são talvez de uma natureza completamente diversa. Ligá-las às minhas, fazê-las penetrar nas minhas e penetrar nas suas. Núpcias celestes, multiplicidades de multiplicidades. Não existe amor que não seja um exercício de despersonalização sobre um corpo sem órgãos a ser formado; e é no ponto mais elevado desta despersonalização que alguém pode ser 'nomeado', recebe seu nome ou seu prenome, adquire a discernibilidade mais intensa na apreensão instantânea dos múltiplos que lhe pertencem e aos quais ele pertence. Multiplicidade de sardas sobre um rosto, multiplicidade de jovens rapazes falando na voz de uma mulher, ninhada de meninas na voz de M. de Charlus, horda de lobos na garganta de alguém, multiplicidade de ânus no ânus, a boca ou o olho sobre o qual a gente se inclina. Cada um passa por tantos corpos em cada um".(GILLES DELEUZE & FÉLIX GUATTARI - in: "Mil Platôs: Capitalismo & Esquizofrenia", Volume 1 - [1914 - UM SÓ OU VÁRIOS LOBOS?])
Pensamos que saúde mental não é algo espontâneo. Muito menos congênito. De modo algum configura-se como um processo passivo. Saúde mental é , claramente , uma construção. Uma conquista . Um processo ativo. Um direito conquistado. Sendo assim , estamos dispostos a fornecer o melhor conteúdo veiculado do modo mais interessante para construção de um alicerce sólido afim de uma saúde mental forte e autônoma. SEJAM BEM VINDOS !
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Gosto muito deles mas tenho enorme dificuldade de compreensao de cada conceito, cada frase.
ResponderExcluirIsso é extremamente lindo, a ponto de se desfazer e se fazer novo a cada leitura.
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